domingo, 15 de junho de 2014

Corpo Municipal de Dança de Atibaia inicia atividades de formação


















































As atividades do projeto As Linguagens da Dança iniciaram nesta semana com entusiasmo tanto dos participantes como dos profissionais envolvidos. Foi criado um grupo intermediário para acolher pessoas dentro da faixa etária prevista para o Corpo de Dança, mas que não tinham nenhuma prática anterior ou de alguma técnica específica. Os dançarinos de moderno poderão fazer as aulas de dança clássica no grupo intermediário para acompanharem as aulas do Corpo de Dança, assim como outras atividades preparatórias. As aulas de técnicas associadas para dança incluem outros estilos para ampliar o repertório de movimentos e conhecimento dos bailarinos. Assim, Taya Perrone e Andrea Albergaria estão contribuindo com elementos formativos das linguagens das danças árabes e indiana, Claudio Terrana com a dança moderna na técnica de Martha Graham, Thais Magalhães fará uma abordagem pratica e teórica da dança clássica de repertório, Élsie da Costa trabalha a dança clássica dialogando com princípios propostos por Klauss Vianna e os fatores de movimento propostos por Rudolf Laban desenvolvendo a consciência do corpo. Outros profissionais ainda estão por vir para mais contribuições. Embora tudo isso pareça levar os bailarinos para situações opostas de linguagens, o que acontece é uma abertura de leque e maneiras de perceber as potencialidades expressivas. Durante as práticas nos deparamos com pontos comuns, onde princípios anatômicos, universais, estão presentes nas danças orientais, modernas e contemporâneas, reformulando a forma de ver e praticar a dança, em especial a clássica. Por exemplo, a estrutura óssea e formas corporais em que a anatomia é universal. As práticas de dança são por si só transformadoras, tanto individualmente como coletivamente. O momento é de preparação de um grupo, não se trata de “oficinas” em que o comprometimento fique em segundo plano. Para o Corpo de Dança, o comprometimento é essencial. Dança se faz em grupo. É preciso primeiro “afinar” o individual e o coletivo. Isso só é possível com prática diária. Os professores se revezam, mas o grupo permanece junto, em “saracoteio” e “reflexão”. A semana finalizou com uma animada aula de hip-hop, conduzida entusiasticamente pela Magdala Mattos seguida da aula de domínio do movimento sobre a estrutura óssea, momentos de criatividade e descontração, fazendo-se perceber o movimento articulado, livre, sem amarras e couraças. O papel da direção artística é esse: de ter sensibilidade para perceber em todos os momentos, os ingredientes, sintonizar e sincronizar o potencial existente nos professores e coreógrafos, para a descoberta de novos caminhos.

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